sábado, 10 de outubro de 2015

Educação como ferramenta de desenvolvimento social

Em casa hoje na hora do almoço, antes de ir ao trabalho, na rua passa o carro da Litucera, empresa que faz a coleta do lixo da cidade de Araguaína. Foi neste momento que me veio a reflexão deste artigo que publico agora. Lembrei-me do ocorrido no dia há exatamente um ano atrás quando garis desta empresa entraram em greve devido à prefeitura não está repassando o dinheiro para a empresa poder está pagando os seus funcionários. Passados alguns dias, menos de uma semana, os trabalhadores já estavam fazendo seu trabalho na rua. Mas a que ponto queremos chegar? Só este ano já entraram em greve a rede estadual de ensino passando mais de 2 meses, depois a rede federal, 4 meses,  Incluindo o Instituto Federal do Tocantins (IFTO). O que chama a nossa atenção é que como falamos só após se passarem longos, no caso da UFT  131 dias, o governo resolve fazer uma proposta aceitável aos professores, conforme podem comprovar por uma matéria exibida pelo G1 na internet:
“Após 131 dias, professores da UFT decidem terminar greve no TO
Decisão foi tomada durante assembleias nesta quinta-feira (8).
Professores anunciaram que retorno das aulas está previsto para o dia 19.”
Como diz o dito popular “todo homem [e mulher] é digno de seu salário”. Mas diante dessa situação resta alguns questionários que nos intrigam: Será se a educação é menos importante que o trabalho braçal? Que país é esse que põe outras áreas como mais importantes que a educação? Por que valorizar mais outras áreas quando o ponto de partida é a educação? Cadê aquele lema tão belo “Brasil, pátria educadora"? Cadê a democratização do conhecimento como uma das metas de seu governo? Cadê a universalização o acesso a um ensino de qualidade em todos os níveis"? Aonde estão os  recursos oriundos dos royalties do petróleo para a educação?
O que vemos hoje é um país que está sucumbindo por que nossos representantes não tem a educação como um meio de transformação da nossa sociedade. Será falta de visão ou é proposital?

A este respeito Paulo Freire, considerado um dos pensadores mais notáveis na história da Pedagogia mundial, escreve que “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.” Complementar a isso ainda encontramos outra passagem em sua obra que nos ajudam a entender porque esse desinteresse em mudar essa triste realidade: “Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira crítica”.

Vemos hoje os “nossos representantes” mais preocupados na disputa do poder pelo poder do que com o bem social. Não é raro ver na televisão denuncias destes mesmo agindo em bem próprio, quando estão ali para ajudar quem os mantém lá no poder, que é o povo brasileiro!
São poucos os países que são “exemplos” no bem-estar social. Uns se preocupam com as guerras enquanto a população morre de fome, doença, etc. Já outros como o brasil sucumbem por conta da corrupção e a violência que mata mais que a guerra!
Para se ter uma ideia, o IDH (índice de Desenvolvimento Humano), ao qual faremos uma matéria posteriormente, mais alto é o da Noruega (0,944) pelo quinto ano consecutivo, e o pior desempenho de desenvolvimento humano é do Níger (0,337). Dois países apresentam o mesmo IDH que o Brasil: Geórgia (país que fica entre a Europa e a Ásia) e por Granada (América Central).


Este índice é calculado com base em dados econômicos e sociais. O IDH vai de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é o país. Este índice também é usado para apurar o desenvolvimento de cidades, estados e regiões. No cálculo do IDH são computados os seguintes fatores: educação (anos médios de estudos), longevidade (expectativa de vida da população) e Produto Interno Bruto per capita.
Embora a desigualdade em nosso país tenha diminuído, conforme mostram as pesquisas na área, ainda muito a ser feito. Uma ferramenta fundamental para mudarmos essa situação é através da valorização da educação, pois ela é o ponto norteador de todas as outras áreas. Sem ela não há saúde, não há desenvolvimento econômico e nem social, não há infraestrutura...

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