Em
casa hoje na hora do almoço, antes de ir ao trabalho, na rua passa o carro da
Litucera, empresa que faz a coleta do lixo da cidade de Araguaína. Foi neste
momento que me veio a reflexão deste artigo que publico agora. Lembrei-me do
ocorrido no dia há exatamente um ano atrás quando garis desta empresa entraram
em greve devido à prefeitura não está repassando o dinheiro para a empresa
poder está pagando os seus funcionários. Passados alguns dias, menos de uma
semana, os trabalhadores já estavam fazendo seu trabalho na rua. Mas a que
ponto queremos chegar? Só este ano já entraram em greve a rede estadual de
ensino passando mais de 2 meses, depois a rede federal, 4 meses, Incluindo o Instituto Federal do Tocantins
(IFTO). O que chama a nossa atenção é que como falamos só após se passarem
longos, no caso da UFT 131 dias, o
governo resolve fazer uma proposta aceitável aos professores, conforme podem
comprovar por uma matéria exibida pelo G1 na internet:
“Após 131 dias, professores da UFT
decidem terminar greve no TO
Decisão foi tomada durante
assembleias nesta quinta-feira (8).
Professores anunciaram que retorno
das aulas está previsto para o dia 19.”
Como
diz o dito popular “todo homem [e mulher] é digno de seu salário”. Mas diante
dessa situação resta alguns questionários que nos intrigam: Será se a educação
é menos importante que o trabalho braçal? Que país é esse que põe outras áreas
como mais importantes que a educação? Por que valorizar mais outras áreas
quando o ponto de partida é a educação? Cadê aquele lema tão belo “Brasil,
pátria educadora"? Cadê a democratização do conhecimento como uma das
metas de seu governo? Cadê a universalização o acesso a um ensino de qualidade em todos os níveis"? Aonde estão os recursos oriundos dos royalties do petróleo
para a educação?
O
que vemos hoje é um país que está sucumbindo por que nossos representantes não
tem a educação como um meio de transformação da nossa sociedade. Será falta de
visão ou é proposital?
A
este respeito Paulo Freire, considerado um dos pensadores mais notáveis na
história da Pedagogia mundial, escreve que “Se a educação sozinha não
transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.” Complementar a isso
ainda encontramos outra passagem em sua obra que nos ajudam a entender porque
esse desinteresse em mudar essa triste realidade: “Seria uma atitude ingênua
esperar que as classes dominantes desenvolvessem uma forma de educação que
proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira
crítica”.
Vemos
hoje os “nossos representantes” mais preocupados na disputa do poder pelo poder
do que com o bem social. Não é raro ver na televisão denuncias destes mesmo
agindo em bem próprio, quando estão ali para ajudar quem os mantém lá no poder,
que é o povo brasileiro!
São
poucos os países que são “exemplos” no bem-estar social. Uns se preocupam com
as guerras enquanto a população morre de fome, doença, etc. Já outros como o
brasil sucumbem por conta da corrupção e a violência que mata mais que a
guerra!
Para
se ter uma ideia, o IDH (índice de Desenvolvimento Humano), ao qual faremos uma
matéria posteriormente, mais alto é o da Noruega (0,944) pelo quinto ano
consecutivo, e o pior desempenho de desenvolvimento humano é do Níger (0,337).
Dois países apresentam o mesmo IDH que o Brasil: Geórgia (país que fica entre a
Europa e a Ásia) e por Granada (América Central).
Este
índice é calculado com base em dados econômicos e sociais. O IDH vai de 0 (nenhum
desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Quanto mais próximo
de 1, mais desenvolvido é o país. Este índice também é usado para apurar o
desenvolvimento de cidades, estados e regiões. No cálculo do IDH são computados
os seguintes fatores: educação (anos médios de estudos), longevidade
(expectativa de vida da população) e Produto Interno Bruto per capita.
Embora
a desigualdade em nosso país tenha diminuído, conforme mostram as pesquisas na área,
ainda muito a ser feito. Uma ferramenta fundamental para mudarmos essa situação
é através da valorização da educação, pois ela é o ponto norteador de todas as
outras áreas. Sem ela não há saúde, não há desenvolvimento econômico e nem
social, não há infraestrutura...
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